sexta-feira, 25 de março de 2011

Saneamento, saúde, sociedade ... em qual ½ ambiente você está?

eu e minha família em casa de campo
Curupá - Tabatinga - São Paulo
início dos anos 1980
     Faça um teste. Imagine um lugar onde você tenha brincado na infância. Um lugar com árvores e água corrente de um rio ou riacho. Procure em antigas fotografias estes lugares e pergunte aos mais velhos sobre outros lugares de outras antigas fotografias. Escolha 2 ou 3 aleatoriamente e tente descobrir como estes lugares estão hoje. Com o aparato das redes sociais talvez seja possível conseguir informações quase instantâneas. De Curupá (Distrito de Tabatinga, interior de São Paulo) tentarei mostrar o Rio São João. Passei parte de minhas férias de infância e adolescência em Curupá. Por lá vivia com meu irmão tudo o que era quase impossível numa metrópole como era São Bernardo do Campo nos anos 80 e 90. Nadar nos rios e represas, pescar, correr pelas ruas, soltar pipas sem medo de ter a linha cortada, rolar na terra, jogar bola, pegar as bicicletas e sumir, apanhar frutas do pé ... ir até onde as pernas e os jovens pulmões conseguissem ir... tudo muito ingênuo e empolgado como já soava nos sonhos de vida no campo que preenchiam minha infância. Ao atravessar a rua, chegávamos à casa de campo de meus tios (Elza e Luís - também de São Bernardo) onde estavam mais primas. Nas temporadas quase toda a família se reunia em Curupá... era uma molecada enorme. Além disso, acho que metade de Curupá era formada por pessoas com algum grau de parentesco conosco. Quantas vezes, ao final das férias, me perguntaram se queria ficar por lá. Sempre quis ficar por lá. A casa de campo que meu pai havia comprado era muito antiga (o que é uma forma gentil de dizer que: estava caindo). O terreno tinha uns 600m2, o que era muito perto do sobrado geminado quase sem quintal onde eu morava em São Bernardo. A Mangueira do nosso quintal era a maior de lá. Mesmo com uma boa vida de classe média do ABC, naquela época preferiria morar em Curupá, mesmo se fosse para morar naquela casinha quase caindo. Quando estávamos em Curupá nas férias de verão, sempre freqüentávamos o Rio São João. As águas eram claras. O leito era formado por areia e pedras típicas do fundo dos rios. Na maior parte dos trechos que conheci, o rio era raso e limpo. Sabíamos onde haviam pontos de saída de esgoto (eram os melhores lugares para se pegar lambaris... e obvio que pegávamos...). Depois de 10 anos, há cerca de 7 anos estive em Curupá. Ainda tenho muitos parentes por lá. Para se ter idéia de minha relação com este rio, durante as visitas que fiz a muitos parentes queridos de lá, entre uma visita e outra, levei minha atual esposa (namorada naquela época) para a ponte de onde era possível ver parte do rio. Chegando lá foi uma imensa decepção. O rio estava destruído. Parecia uma canaleta de esgoto. Uma água (se é que era água aquilo) escura, acinzentada e fétida. Fiquei muito triste e impressionado com o que vi. Tanto que escrevi um poema (ou algo parecido com um poema):
eu e meu irmão no rio São João - Curupá - Tabatinga - SP

A Morte do Rio São João

Estive ausente por mais de 10 anos
E nesse tempo te guardei vivo na memória
Não vi tua agonia
Não tive noticias tuas
Outro dia numa foto
Me vi em teus braços doces
E eu estava feliz
Por muitos breves momentos de minha infância
Foste meu passa tempo
Alguns pulavam em ti sem medo
Outros, como eu, não tinham coragem
Chegavam mais receosos
Mas logo se entregavam
Cheguei a me aproveitar de tua generosidade
E tirei sustento de tuas entranhas
Do alto via um único ponto
Onde nossa ignorância jorrava dentro de ti
Mas parecia pouco, parecia normal
Os pequenos lambaris até pulavam ali
Como se nossos restos fossem seu banquete
Dia desses fui te apresentar
A minha companheira
Cheguei eufórico e cheio de belas estórias
Mas quando te avistei
Minha euforia transformou-se em tristeza
Não pude crer naquilo que via
Te vi minguando
Nossa ignorância te feria em muitos pontos
10, 100 não sei quantos
Nem mesmo o mais valente ousaria pular em ti
Teus braços doces cederam ao peso da burrice
Fiquei triste e nostálgico
Tentei contar como eras
Mas é difícil crer em tua morte
Te olhei por alguns minutos e parti
Queria fazer algo
Talvez te curar, te ressuscitar
Mas me falta tempo
E tempo falta a todos
Tempo falta a ti
Que não mais acolhe sonhadores em teus braços
Não por não querer
Somente por não poder mais
Pena daqueles que te mataram
Pois suas crias não desfrutarão de ti
Que estas palavras choradas
Tirem lágrimas d’outros tantos
Que ao te verem te encham de vida
Pois é vida que deves jorrar
É água que deves sentir correr
E não nossa estupidez...
...não nossa indiferença...
brincando no rio São João...
minha mãe e minha prima às margens do rio São João
reparem que a mata ciliar ... opa, qual mata ciliar?
     Anos depois, enquanto dava uma palestra para um grupo de jovens ambientalistas, um dos moleques que estava participando do evento me mostrou um álbum de fotos de quando ele tinha 7 anos e brincava numa nascente de um riacho e fotos do mesmo local 6 anos depois... irreconhecível. Tudo destruído. Cada um de nós deve saber de um lugar bonito e com água limpa que foi destruído, brutalmente transformado ou sucumbiu pelas transformações que o homem provocou em seu entorno. Se as autoridades fossem mais rigorosas, a maioria dos lugares utilizados por banhistas hoje teria placas dizendo: “LOCAL IMPRÓPRIO PARA BANHO”. A destruição é rápida e ao mesmo tempo silenciosa. Para os mais despercebidos, pouco importa o destino do lixo e do esgoto. Para alguns “progressistas”, canalizar o rio que passa perto de sua casa é um avanço... é o progresso! Impermeabilizar a rua é o máximo do desenvolvimento. Porém, todo mundo sabe que a natureza precisa ser protegida, aliás, ela precisa ser recuperada, o que depende da proteção e de um conjunto complexo de ações. A base das ações é sempre a educação. Desta forma, é com as crianças que os trabalhos bem elaborados e executados farão a diferença, o que supõem resultados à longo prazo (10, 20, 30 anos). Além da educação, o Estado precisa dos aparatos tecnológicos e humanos para realizar a “proteção” e a “promoção” da “boa nova”, ou seja, gente motivada para as ações, políticos preparados para representar o povo e fazer políticas públicas adequadas à realidade e equipamentos públicos para executar as atividades. Tudo isso requer tempo, determinação, honestidade e investimento. Ainda assim, a principal transformação tem que vir do Povo.
lixo e entulho em beira de rio (Água Branca - Araraquara-SP)
córrego Água Branca
córrego Água Branca - Araraquara - São Paulo
córrego Água Branca - Araraquara - São Paulo
durante processo de canalização
a recuperação e proteção passam longe destes métodos impactantes...

pela consulta que fiz no Google earth
deu pra notar que o problema da mata ciliar
continua no rio São João (e a imagem google é de 2004...)

Obs.: Estou à procura de fotos do Rio São João em Curupá SP. Por favor, os interessados em ajudar... enviem fotos. Vamos fazer uma campanha pela recuperação das matas ciliares...

     Vamos examinar alguns exemplos para tentar compreender melhor formas sustentáveis de resolver problemas simples que acabam virando problemas complexos e cíclicos.

Limpeza de vias públicas, guias, sarjetas e calçadas
calçada pavimentada tomada pelo mato
     É comum, ao andarmos pelas ruas, nos depararmos com calçadas em péssimas condições. Ou pelos buracos ou pelo mato, lixo e até mesmo pela largura de alguns passeios públicos, o fato é que em certos lugares é difícil caminhar. É comum também, observar que o meio fio, ou sarjeta, fica cheio de mato. Boa parte do ano, graças ao hábito de lavar os quintais, é dada condição favorável para o crescimento de capim nas sarjetas e calçadas. Pois bem. Quem deve resolver este problema? O Estado? O Morador? Uma terceirizada? Ninguém!?... Geralmente o Estado contrata equipes, como “frentes de cidadania” e “programas sociais” e passa a executar a retirada da vegetação que cresceu no meio fio. Vez ou outra, estendem o trabalho às calçadas. O trabalho é predominantemente braçal e bastante desgastante. Usam “chapinhas”, enxadas e roçadeiras costais, removem tudo, menos uma coisa... o buraco onde novamente nascerá capim depois de algumas semanas. Pode ser idiotice minha, mas acredito que se o trabalho fosse limpar de forma bem caprichada e corrigir as falhas, as mesmas equipes, quando viessem a ser contratadas novamente, fariam pequenas manutenções nestes serviços e poderiam partir para outras atividades, o que seria um avanço e um ganho de qualidade. Recentemente, ao se investigar reclamações de moradores de um bairro da Vila Xavier (Araraquara) junto à Vigilância Epidemiológica local, descobriu-se que os focos de mosquitos eram predominantemente na água parada em sarjetas obstruídas por mato e sujeira... Minha opinião é a seguinte: Gradativamente, o poder público municipal (de qualquer Município) deveria mapear as áreas e executar manutenções duradouras”. Além de se economizar materiais e recursos públicos, poderia-se melhorar a prestação dos serviços com a redução de trabalhos repetitivos de manutenção, o que libera recursos para outras e novas frentes de ação. No caso “suposto”, poderíamos esperar que os trabalhadores fossem contratados para fazer a limpeza e a calafetação dos buracos e frestas por onde o mato nasce e cresce (tudo de forma supervisionada e priorizando a qualidade dos serviços). O outro aspecto é o trabalho de orientação e coerção junto aos proprietários de imóveis para que as calçadas sejam confeccionadas e mantidas em ordem. Caso contrário o filme será o mesmo todos os anos... uma limpeza corrida e mal feita que dura entre 30 e 60 dias e o restante do ano com mato, criadouros, água parada e lixo, ou seja, doenças e gastos extras para os cofres públicos. Um Município como Araraquara possui em sua história uma tradição de bons sanitaristas e de bons e maus momentos diante da Saúde Pública relacionada à zeladoria da Cidade. Já foi a Cidade mais limpa da América, ainda está entre as mais arborizadas, é considerada o melhor lugar do Brasil em termos de qualidade de vida e, ainda assim, também historicamente, a Cidade já foi palco de grandes epidemias, o que até lhe rendeu o pseudônimo de “Pragaquara”, e vive novamente uma situação ruim no campo da Saúde preventiva. Aquela conta que diz que para cada R$1,00 gasto com Saneamento Ambiental se economizam de R$4,00 à R$7,00 em Saúde é chavão em qualquer lugar do Mundo. Se sabemos disto, o que está acontecendo quando optamos por gastar em Saúde o pior valor e ainda assim de forma equivocada.
sarjeta e calçada com mato
     Outro ponto importante que devemos observar é que a prioridade é para a circulação de veículos e não de pedestres e bicicletas... o que é uma tremenda inversão de valores.

Vamos ao exemplo das árvores, ou da arborização pública
calha obstruída por folhas...
     Por incrível que possa parecer, é comum o discurso das pessoas querendo a remoção de uma árvore de sua calçada. Pessoas ficam chocadas com o desmatamento na Amazônia, mas sempre que têm a chance, arrancam suas árvores e concretam tudo o que podem... quintais, calçadas, estacionamentos. Alguns por causa de brocas e cupins, outros, por causa do tamanho (mal escolhido) das árvores, outros por causa da “sujeira” que a árvore faz com suas folhas. É fato que a arborização da maioria dos municípios brasileiros é precária por alguns aspectos: as Cidades são pouco arborizadas; as arborizações são feitas com espécies pouco variadas; as espécies são geralmente exóticas e não apropriadas para a região onde foram plantadas; pessoas plantam árvores muito grandes em seus quintais e calçadas sem pensar no tamanho do problema futuro; as espécies são suscetíveis à ação dos cupins ... Por outro lado, com um pouco de boa vontade e planejamento é possível se equacionar todos os problemas “causados” pelas árvores. É possível se treinar equipes de poda e manutenção das árvores. É possível se adquirir os equipamentos necessários para os trabalhos. É possível, através de incentivos reais e amplos, estimular que as pessoas plantem e cuidem de árvores em seus quintais e calçadas. É possível que tenhamos árvores nativas da região, árvores frutíferas e belas flores. É possível combater as pragas e cupins... O que se vê, via de regra, são pessoas que conseguem a autorização para remover uma árvore de sua calçada, o fazem e fecham o local destinado ao plantio, ou seja, chega de árvore por ali... Só que nas Cidades o problema é ainda maior. Apesar de ainda parecer besteira para muita gente, a questão da proteção da flora, da fauna, dos mananciais e a questão do aquecimento global são questões de VIDA ou MORTE. Sendo assim, os Municípios devem fazer todo o esforço possível para garantir que em seu território a água seja protegida. Sejam as águas de superfície (dos rios, nascentes e represas) ou sejam as águas subterrâneas, temos que nos empenhar em garantir a qualidade deste fundamental elemento da natureza. Nas cidades, ruas arborizadas são indiscutivelmente mais agradáveis aos olhos e menos quentes e abafadas. Dentro dos esforços necessários para se protegerem os mananciais, estão as matas ciliares e as áreas de recarga do aqüífero. Então, além da arborização urbana, o Município precisa de bosques, áreas de preservação, mata ciliar (e esta impecável, dentro da lei e, se possível, mais protegida ainda) e parques municipais. Se fôssemos criar uma empresa para lidar com estas situações, teríamos que ter um grande aparato técnico e funcionários treinados e motivados (quando falo em motivação, é obvio que o dinheiro é importante, mas reconhecimento e valorização dos profissionais também pesam muito). É dever do Estado lidar com isso e creio, mais uma vez, que seria viável fazer bem feito e gastar menos do que se gasta para fazer na correria e, consequentemente, mal feito. Folhas de árvores não podadas entopem bueiros e calhas. A ausência de varrição freqüente, seja pelo morador ou pela limpeza pública, acarreta em problemas de saneamento e acabam chegando na Saúde, já como doença. Aí, todos sabem, fica mais caro e o risco para as pessoas é maior. Além de todos os benefícios para o meio ambiente, a arborização pode ser um atrativo turístico do Município. Tanto o turismo rural quanto o ecoturismo e os turismos de esportes radicais na natureza, desde que com limites e regras sustentáveis, são grandes geradores de emprego e renda e dependem de áreas bem preservadas e mantidas. Longe dos discursos, a realidade ainda está distante de ser aquilo que a Legislação atual exige dos municípios e dos particulares em relação à arborização e da defesa dos mananciais e cursos d’água... Há muito por fazer ainda.

Vamos falar um pouco sobre os bueiros e sobre o sistema de drenagem urbana
água parada em bueiro
     Muita gente acredita que os bueiros são portais mágicos que fazem coisas desaparecer. Digo isto pois já vi cenas que só podem significar isto. Pessoas jogam sacolas de lixo (destas de supermercado) nos bueiros; pessoas varrem a calçada e jogam as folhas e todo o lixo nos bueiros; pessoas catam as fezes de seus animais domésticos em pás e jogam nos bueiros; pessoas jogam o esgoto doméstico nas tubulações de água de chuva ligadas aos bueiros; pessoas jogam animais mortos nos bueiros; pessoas jogam restos de comida nos bueiros; pessoas podam árvores e jogam nos bueiros, pessoas jogam produtos químicos variados nos bueiros... e a lista é enorme... O que vai para o bueiro vai direto para o curso d’água sem qualquer tratamento... Considerando isto devemos imaginar que o trabalho educativo para reverter esta cultura é árduo e a fiscalização é fundamental. Outro fator de suma importância nesta equação são as equipes para manter e acompanhar as instalações do sistema de drenagem urbana, bem como as equipes especializadas em limpeza destas galerias e dos bueiros. Em Araraquara, por exemplo, a equipe é bem reduzida, os equipamentos são precários e sempre falta material para executar as ações. O pessoal se desdobra, porém, é humanamente impossível dar conta dos problemas que vem, desde a confecção das drenagens (muitas mal feitas e sem cumprir o projeto que foi licitado, boa forma de burlar licitações. Ganha a licitação para fazer 10 poços de visitação (PVs), mas faz só 4 e fica tudo certo) até questões operacionais e falta de estrutura e mão de obra. Mais uma vez, um problema simples, um acabamento mal feito, um desnível, algo errado e não checado, falta de equipes para trabalhar uma manutenção preventiva... acaba por cair e sobrecarregar a Saúde, custando muito mais caro para todos, ricos e pobres. Destes bueiros mal feitos e mal tratados saem escorpiões, baratas, ratos, moscas e mosquitos da dengue. Quem deve resolver isto? Quem está atento para isto? A modernização dos sistemas de drenagem urbana, assim como a manutenção e a melhoria destes é questão de engenharia e de bom senso... Não é para ser caso de Saúde... Mas acaba sempre sendo...
bueiro entupido
!!!???
     Existem finais de ruas em alguns bairros onde a recepção das águas de chuva e de limpeza de quintais não foi feita, ou seja, a água não tem para onde escoar... fica empoçada e causa problemas...

     Ou escolhemos um lado e tomamos posição em defesa das questões de saneamento, saúde e meio ambiente ou ficamos contra tudo isso, contra nós mesmos, contra a VIDA... Fiscalizar como as coisas acontecem na sua Cidade, no seu Bairro, na sua Rua... na sua Casa... este é o começo. Não seja um ser des-envolvido, ENVOLVA-SE!!!

     Semana que vem tentarei postar algumas vídeo reportagens (feitas se alguns amigos puderem colaborar). Tentaremos mostrar o quão simples são algumas saídas para questões que se arrastam por anos e ninguém tenta responder ou resolver. Parece que falar de coisas simples e produtivas é desinteressante. O negócio é criticar quem ousa sugerir e ficar buscando o inatingível sem nunca sair do mesmo lugar... temos que voltar a projetar o futuro. A vontade imediata de fazer coisas sem pensar nos atrasa muito...


IMPORTANTE: Todo o texto foi elaborado por mim tendo por base minhas experiências profissionais na área de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente. Os registros fotográficos também são de minha autoria. Quando houverem informações ou imagens de outras fontes, elas serão mencionadas. Não me oponho ao uso deste material parcialmente ou na integra para fins educativos ou para a confecção de trabalhos escolares, porém, por uma questão de respeito, peço que qualquer imagem ou trecho de textos retirados deste Blog mencionem o link:


Obrigado.
Obrigado e até a próxima....

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